domingo, 30 de janeiro de 2011

Um antigo folheto

Nos anos oitenta, eu distribuia junto com a mocidade de minha igreja, um folheto que fazia muito sucesso, pela linguagem simples e pelo formato tipo histórias em quadrinhos. Não tinha mais visto este folheto até agora. Para matar saudades e para você que não que ainda não o viu, ei-lo:



Gostraram?

sábado, 22 de janeiro de 2011

A Parábola do filho pródigo


"E disse: Certo homem tinha dois filhos; e o mais moço disse ao pai: Pai dá-me a parte dos bens que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda." Lc 15: 11 e 12 segue até o verso 32.

O filho mais novo via o pai como alguém rude, incapaz de compartilhar de todos os bens, por isso, exige sua parte da herança. A rebeldia, entretanto, estava no filho, que descumprindo a lei judaica, se torna herdeiro antes da morte do pai.

Desperdiça toda herança, fica na miséria. Pobre e infeliz resolve pedir ajuda a um fazendeiro. Pensou encontrar ali abrigo, comida e misericórdia, mas, não foi o que aconteceu. Sentiu fome, frio e solidão, dia após dia. "E ninguém lhe dava nada" (v.16)

"E tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome!"(v.17)Ele percebeu que o pai era bondoso, generoso até mesmo com os trabalhadores (com quem não tinha parentesco), não seria com ele, filho? Percebeu que os bens materiais não foram capazes de fazê-lo feliz. Entendeu que ninguém o compreenderia tão bem quanto seu Pai.



Quantas pessoas estão passando por problema semelhante? O pai da parábola, representa Deus. Muitos, por não conhecê-lo, julgam-no distante, impiedoso e egoísta. Incapaz de compreender sentimentos, de amar os injustos pecadores. Optam por viver afastados, recebendo apenas "a parte que lhe cabe na herança" (a vida com suas mazelas).

Procuram ajuda nos "fazendeiros" do mundo, que só têm olhos para seus "porcos",ou seja, suas vidas sujas, imundas como um chiqueiro. "fazendeiros" que nada têm a oferecer, porque desconhecem o Pai.

Arrependido, o filho volta para casa. Imagino-o derramando lágrimas durante a viagem. Quantas lembranças do pai...

"Pai, pequei contra o céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho. Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, e veste-lho, e ponde-lhe um anel na mão, e alparcas nos pés" (versos 21 e 22)

As vestes representam um novo espírito, o anel, uma nova aliança, desta feita, eterna. As sandálias, representam um novo caminho. O filho agora, estava bem abrigado nos braços do Pai.

O Filho mais velho
Recebeu do pai, conforme a lei, uma maior parte da herança (dois terços), enquanto o mais novo(um terço). Nunca deixara a casa do pai, era moderado e cumpria com seus deveres, porém, nunca investira em um relacionamento com o pai. Por isso, não o conhecia. Sua falta de amor era tamanha que sequer consegue chamar "meu irmão" e se refere ao irmão como: "este teu filho" (v.30).

Mesmo tenho muitos bens, faz questão do cabrito matado para festa do irmão: "Nunca me deste um cabrito (V.29). Era egoísta.Esse filho representa os fariseus. A casa do pai, representa o templo, a igreja. Está no templo, não significa necessariamente, conhecer a Deus.

Esse filho também precisa de arrependimento, salvação, encontro íntimo e real com seu pai(Deus). Esse filho ainda não conhece o verdadeiro amor, pois, nunca buscou-o.

A mãe do filho pródigo
Entendo que não por acaso, Jesus contou três parábolas seguidas, presentes em Lucas 15: A parábola da Ovelha Desgarrada, Dracma Perdida e Filho Pródigo. Há semelhança entre as três que se relacionam entre si. Todas falam do resgate do pecador arrependido e da necessidade de arrependimento dos fariseus.

Vejo que na Parábola da Ovelha, o Pastor é Jesus. Na Dracma Perdida, a mãe é a Igreja, a Candeia, O Espírito Santo. No Filho Pródigo- o Pai É Deus. Então: Aqui está o papel da Trindade na salvação do homem.

Jesus É o bom Pastor que deu sua vida pelas ovelhas, seu sacrifício na cruz, redime o homem de todo pecado, conduzindo-o a salvação. A Igreja é representante de Deus, necessita ter o fogo do Espírito Santo, a candeia acesa para ir em busca dos perdidos. Deus está sempre esperando os filhos retornarem para casa, Ele sempre os recebe com alegria e amor. Houve festa no céu na parábola da Ovelha, festa na casa da mulher, na parábola da dracma, festa na casa do filho pródigo.

Então: Sendo a igreja a mãe, a mesma que buscou a dracma, ela está presente na parábola do filho pródigo. Ela é a casa do filho pródigo. Uma casa que manteve a candeia acesa por todo o tempo em que o filho esteve distante. àquele pai, deve ter orado pela volta do filho, derramado lágrimas em suas petições a Deus. É assim que agem os cristãos cheios do Espírito Santo.

O filho mais velho estava sempre em casa(Igreja) só que sua candeia estava apagada. Ele não se alegrou com a volta do irmão, não orava por isso, sequer procurava saber como estava. Ele é o retrato da Igreja inoperante, morta, sem amor pelos perdidos, ou mesmo pelos que já se encontram salvos.

O Caminho
Fiquei muito feliz ao ver Deus confirmar nesse estudo o que me revelara sobre "Os caminhos da esquerda e da direita" (publicado anteriormente sob a tag meditações). Em todas as três parábolas existem os dois caminhos opostos a Deus e os dois tipos de pecadores: O que se arrepende e o que acha que não necessita de arrependimento por se achar justo. Obrigada Senhor!

Sendo o filho pródigo
Essa parábola, desde a infância, é uma das minhas preferidas. A ouvi pela primeira vez em um culto noturno, estava com uma tia. Fiquei acordada do começo ao fim esperando o desfecho. Não sabia eu que anos mais tarde me identificaria com o filho pródigo, retornando para casa, após minha conversão.

Esse estudo foi para mim, renovador, revelador. Desejo que assim seja para você também. Que ele fale profundamente ao seu coração. Amém

Wilma Rejane

in http://atendanarocha.blogspot.com

domingo, 16 de janeiro de 2011

Jonas, a aboboreira, a bactéria e o aborto





Por André Couto



Não faz muito tempo, a NASA (National Aeronautics and Space Administration) anunciou a descoberta de nova forma de vida em um lago tóxico nos Estados Unidos, precisamente na California.

Antes do anúncio oficial da NASA sobre a misteriosa vida, cientistas do mundo, e curiosos espalhados por esse planeta terra, especularam a possibilidade da descoberta revelar a existência de vida extraterrestre. Não foi dessa vez, ou nunca será. Os cientistas descobriram um tipo de bactéria com características diferentes das encontradas em todas os outros seres vivos na Terra.

De acordo com a informação divulgada, a nova bactéria é capaz de usar arsênico ao invés de fósforo em seu metabolismo. Sinceramente, essa descoberta não mexeu com o cientista que há dentro de mim. Acho que faltei a essa aula.

Acredito que esse “bichinho” deva estar recebendo todos os mimos possíveis, até porque é a bactéria do momento, virou celebridade. Daqui a pouco escreverão a sua biografia. Brincadeiras à parte, vamos ao cerne da questão: a vida.

A tal bactéria, segundo os cientistas, é uma vida, bem esquisita por sinal, mas é vida, e ponto final. Os loucos por essa ciência vivem diariamente a aventura de Indiana Jones, e não sossegarão enquanto não descobrirem todas as novas formas de vida existentes na vastidão do nosso planeta. Esses cientistas valorizaram ao cubo uma simples bactéria, e ao mesmo tempo desprezam (não todos) a vida que é gerada no ventre de uma mulher.

Muitos afirmam que o embrião humano não é vida, e não sendo vida, pode ser descartado, desprezado, jogado numa lata de lixo hospitalar. Mas, a bacteriazinha famosa, ah, essa merece a nossa admiração e os aplausos dos “sensatos”.

Indiscutivelmente, a inversão de valores já aconteceu há muito tempo. A vida humana, que começa a partir da fecundação, deixou de ser matéria importante nos livros escolares, deixou de ser o assunto mais comentado nas praças e esquinas, o embrião humano transformou-se em marionete na mão de cientistas que o exploram para satisfazer seus anseios por novas descobertas. O fenômeno do momento é a bactéria célebre. Alimentem as bactérias e matem os embriões. Quanta crueldade!

O aborto poderá deixar de ser crime no Brasil, como já deixou de ser em diversos países. Porém, não deixará de ser assassinato, ato pecaminoso diante do Deus Altíssimo.

O Governador do Rio de Janeiro, que é a favor do aborto, fez a seguinte declaração:

“Quem aqui não teve uma namoradinha que teve que abortar?”

Sou terminantemente contra o aborto, mesmo em caso de estupro. Concordaria com tal brutalidade no momento em que a vida da minha esposa corresse risco de morte em detrimento da gravidez. Mesmo assim, o homem de fé ora a Deus, e Ele lhe dirige os passos.

Recordo-me do profeta Jonas. O camarada do AT queria chacina, morte, sentença, e Deus, a misericórdia. Mais tarde, decepcionado com a atitude de Deus em perdoar os ninivitas, Jonas se compadece com a morte prematura da aboboreira, que lhe tinha oferecido sombra. Assim é, às vezes, o ser humano no que diz respeito à valoração das coisas. “Francisquinho” chora à morte do Totó, seu cachorrinho de estimação, e não se compadece do filho que implora o seu perdão, ou do vizinho que morreu vítima de atropelamento. “Francisquinho” se compadece do carro zero quilômetro que foi batido, e se esquece das vítimas que estavam dentro do veículo.

Os cientistas elevaram o valor da vida de uma bactéria, e se confundem ao afirmar o valor da vida de um embrião humano.

Viva a supremacia da vida humana criada por Deus, que começa a partir da fecundação.

Viva o embrião!

Deus lhe abençoe.


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André Couto é pastor, blogueiro, amigo da vida e dos blogueiros do Púlpito Cristão.

in http://www.pulpitocristao.com/

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Quer trocar?

Carlos Moreira

“Trocam-se lâmpadas novas por lâmpadas velhas!”. Você já ouviu esta frase? Ela faz parte do conto Aladim e a Lâmpada Maravilhosa, que está contido na coletânea de livros e estórias das Mil e uma Noites, preservadas na tradição oral dos povos da Pérsia e da Índia.

Aladim, um jovem chinês, órfão de pai, pobre, vivia a vagabundear pelas ruas. Um dia, um mago africano chegou de um distante reino e passou a observá-lo. Com uma estória falsa, ele foi solicitado a apanhar uma lâmpada velha, abandonada em um jardim, sob o pretexto de ficar rico e poderoso. Entusiasmado com a idéia, cumpriu a missão, mas foi abandonado na caverna escura porque se negou a entregar a lâmpada ao mágico antes de ser puxado para fora.

Desesperado, durante dias procurou sem sucesso uma saída. Entretanto, acidentalmente, acabou esfregando a lâmpada e, surpreendentemente, um gênio lhe apareceu. Ele era capaz de realizar todo e qualquer desejo para o seu possuidor. E foi assim que Aladim tornou-se um homem poderoso, rico, casou-se com a filha do sultão e passou a morar no palácio.

Após algum tempo, sabedor do sucesso de Aladim, o mágico retornou a China. As portas do palácio, disfarçado de vendedor ambulante, começou a anunciar em alta voz: “trocam-se lâmpadas novas por lâmpadas velhas!”. A princesa, que desconhecia o segredo, achou aquela uma ótima oportunidade. Assim, trocou a lâmpada mágica por uma lâmpada nova, mas que não tinha poder algum. Imediatamente o mago acionou o gênio e ordenou-lhe que levasse o palácio com a princesa para terras distantes, deixando Aladim atônito, desesperado e sem absolutamente nada!

Tenho observado os dias em que vivemos, esta sociedade consumista, materialista que, cada vez mais, alimenta-se através da troca de coisas. Troca-se um casamento velho por um novo; uma profissão velha por uma mais rentável; um amigo velho por um outro que “abra” um novo network. É uma questão de oportunidade! No fundo, tudo que nos cerca perdeu o seu valor absoluto. O que importa agora é o que é relativo e como este relativismo pode nos atender.

Por isso é possível trocar caráter por jeitinho, amor por estabilidade, fidelidade por prazer, honestidade por comodidades, compromisso por omissão, troca-se tudo por qualquer coisa desde que se possa ganhar algo com isto. Até mesmo porque, quem pode prever o que uma boa negociação trará de benefícios? Não seria absurdo trocar um Deus antiquado, com princípios e valores “superados”, por outro moderno, tipo “gênio da lâmpada”, que nos assegurasse benefícios e vantagens aqui, agora, e isso sem precisarmos esperar pela eternidade, se é que ela existe? Como assim? Você já trocou?!

“Alguma nação já trocou os seus deuses? E eles nem sequer são deuses! Mas o meu povo trocou a sua Glória por deuses inúteis. O meu povo cometeu dois crimes: eles me abandonaram, a mim, a fonte de água viva; e cavaram as suas próprias cisternas, cisternas rachadas que não retêm água”. Jr 2:11 e 13. Pois é, já dizia George Courteline: “É mais fácil trocar de religião do que de café”.

A denúncia do profeta Jeremias poderia estar estampada no jornal de qualquer denominação cristã: das Histórias e Reformadas, as Pentecostais e Neopentecostais, passando, até mesmo, pela Igreja Católica; qualquer uma! Abandonamos a Deus, seus valores, seus princípios, sua ética, e trocamos tudo isto por um “prato de lentilhas”, por um estilo de vida mais “adequado” ao século XXI, mas adaptável às nossas necessidades e demandas. Assim, sincretizamo-nos com práticas das mais perversas, destruímos, em benefício próprio, a sã doutrina, agimos de forma reprovável e, cinicamente, fazemos como fez o povo de Israel dizendo: “por que nos ameaça o Senhor com todo este grande mal? Qual é a nossa iniqüidade, qual é o nosso pecado, que cometemos contra o nosso Deus?” Jr. 16:10

Abandonamos a fonte de água viva, que é Jesus – “vinde a mim e bebei” – a sua Palavra, o seu Espírito, o seu Evangelho, e passamos a beber água suja, armazenada em cisternas construídas por mãos humanas, cisternas que não podem reter o que trás a paz e faz o bem porque rompem-se, deixam vazar seu conteúdo, pois suas águas estão apodrecidas.

Por isso sucede-nos o que também se sucedeu ao povo de Israel: “agora, por que você vai ao Egito para beber água do Nilo? E por que vai à Assíria para beber água do Eufrates?”. Jr. 2:18. Temos de beber a água do “Egito”, que simboliza o mundo e seu sistema perverso, bebemos de seus valores distorcidos e nem nos apercebemos que eles estão nos matando, destruindo nossas famílias, vamos a “Assíria”, beber das fontes do paganismo, e assim nos apropriamos de “fogo estranho”, porque as fontes da vida que nos supriam secaram-se, esvaziaram-se, tornaram-se indisponíveis.

Nunca foi tão fácil, em termos da sociedade humana, realizar trocas como em nossos dias. Podemos trocar tudo! O ferro de engomar quebrou, troca-se; o mouse do computador quebrou, troca-se; o carro está quebrado, troca-se; não está feliz no apartamento atual, troca-se; a faculdade é distante, troca-se; não está realizado no emprego, troca-se; o casamento está monótono, troca-se; a igreja não tem programas que te agradam, troca-se; o pastor é muito firme, troca-se; Deus não te atende, troca-se. O importante é você estar feliz! Por isso, vá trocando tudo até encontrar algo que lhe agrade!

É a cultura do descartável. Começa-se trocando coisas; depois, trocam-se valores; em seguida, princípios e, por fim, pessoas. Aí instaura-se em nossa consciência um mecanismos perverso que nos leva a amarmos as coisas e usarmos as pessoas. Saímos trocando, como se a vida tivesse se tornado um grande mercado público e tudo pudesse ser “comercializado”, não há limites nem restrições, não há regras, nem ética, nem nada, apenas a necessidade de se saciar o apetite da alma e de suas paixões.

Às vezes fico imaginando se Deus nos tratasse na mesma moeda. Já pensou se houvesse um jornal no céu, “A Tribuna Divina”?!. Como seria abrir de manhã cedo a seção dos classificados e encontrar, com letras garrafais, o seguinte anúncio: Deus Troca! E abaixo, as ofertas...

"Troca-se um fulano que quer fazer por um outro que queira ser; a fulana maldizente por uma que seja adoradora; a cicrana fofoqueira por uma apaziguadora; um marido infiel por um que seja leal; um colaborador esporádico por um dizimista responsável; um atarefado por um comprometido; um legalista por alguém cheio da graça; uma boca suja pela língua de um salmista; ativistas por gente que ora; uma igreja com donos por uma em que Eu possa mandar; “apóstolos”, “bispos”, “patriarcas”, “evangelistas”, “missionários” e outras “entidades metafísicas” por gente humilde, simples, comprometida apenas com o ensino, o pastoreio e a profecia".

Apenas uma pergunta: Você trocaria?...

Carlos Moreira é culpado pelo que escreve. No “troca-troca” da vida escolheu perder muitas coisas e ficar com Jesus. Textos seus podem ser lidos no Genizah e também em A Nova Cristandade.

Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/2011/01/quer-trocar.html#ixzz1ANt5cCk7
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