quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Expulso da Igreja por não pregar a Teologia da Prosperidade!

Por André Sanchez


Imaginemos que certo profeta resolvesse levar sua mensagem ao púlpito de uma dessas igrejas que pregam a teologia da prosperidade. Imaginemos que ele seja bem recebido e, através de suas credenciais de profeta, lhe fosse oferecido o púlpito da igreja para que pregasse uma mensagem de prosperidade aos que ali estivessem.
Ele começaria seu discurso mais ou menos assim:
- “Esta é a mensagem que Deus, por meio de uma visão, deu a mim, o profeta Habacuque.” (Hc 1. 1).
Nesse ponto todos fitariam seus olhares nele e alguns comentariam:
- Nossa! Não é todo dia que se recebe um profeta de Deus com uma mensagem poderosa de prosperidade! O que será que ele revelará? Será que nos dará uma fórmula para determinar a bênção? Estou mesmo precisando comprar um carro do ano! Será que nos ensinará como expulsar as doenças e o demônio da pobreza? Será que revelará uma profecia de riqueza em nossa vida? Fala profeta!!! Fala profeta!!! Estou ansioso pela mensagem do Senhor para nossas vidas!
Eis que o profeta continua sua mensagem vendo a grande ansiedade do povo para receber suas palavras. Ele, então, continua com veemência:
- “Ainda que as figueiras não produzam frutas, e as parreiras não dêem uvas; ainda que não haja azeitonas para apanhar nem trigo para colher; ainda que não haja mais ovelhas nos campos nem gado nos currais, mesmo assim eu darei graças ao SENHOR e louvarei a Deus, o meu Salvador.” (Habacuque 3. 17-18)
Nesse momento um silêncio toma conta da igreja. Um olha para outro e todos olham para o pastor que havia dado a palavra ao profeta de Deus. A igreja, somente com o olhar, pressiona o pastor como que perguntando: Como assim, que palavra absurda é essa desse profeta?
E eis que se levanta um obreiro ao fundo da igreja e brada em alta voz:
- Senhor Habacuque, me desculpe, mas a sua palavra está equivocada! Ela representa o espírito da derrota e não o da fé. Você deve ter se desviado do caminho da fé verdadeira que nos reserva as maiores conquistas nessa vida, pois somos cabeça e não cauda! Deixe-me te dizer o que verdadeiramente Deus deve ter te dito:
- Determinem agora que as figueiras produzam as frutas, e que as parreiras dêem uvas grandes e sem pragas; que haja tantas azeitonas nas oliveiras que todos possam esbanjar; que o trigo os deixem ricos a ponto de esbanjarem dinheiro e viverem uma vida de luxo; repreendam o espírito de ladroagem contra as ovelhas. Façam uma campanha de 7 semanas para que os currais estejam cheios de gado gordo e vocês fique ricos, pois se isso não acontecer vocês não devem dar graças ao SENHOR e nem louvar a Deus, pois nascemos para vencer, nascemos para ser cabeça e não cauda!
Após ouvir tal palavra, o profeta de Deus, balança a cabeça negativamente e diz:
- Querido obreiro, a palavra que eu disse veio de Deus e não há nada a modificar nela… eu a entreguei da forma que me foi passada!
Antes mesmo de terminar de falar, o profeta de Deus é interrompido e vaiado pela igreja; é retirado do local pelos obreiros, debaixo dos gritos da multidão que o chamava de homem do diabo, sem fé e sem o Espírito de Deus; homem do mal que estava trazendo àquele lugar de prosperidade uma palavra maligna onde não havia prosperidade alguma.
O profeta de Deus saiu daquele lugar expulso pela multidão e prosseguiu sua caminhada, buscando quem, de verdade, pudesse ouvir a Palavra que o Senhor lhe incumbiu de pronunciar.
Porventura, achará ele lugar que aceite a Palavra do Senhor?



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