terça-feira, 9 de abril de 2013

Aprender com Jesus a ganhar almas.


Evangelismo à moda de Jesus
Um comentário de João 4.1-42 para a evangelização

Por Regina Fernandes Sanches – professora da FATE-BH

Era quase meio dia, o sol estava forte e, como fazia todos os dias, ela desceu meio se esquivando àquele poço que era tão conhecido seu, o poço de Jacó. Carregava nos braços um cântaro, na esperança que voltasse cheio de água. Meio de longe observou alguém assentado na beira do poço, parecia cansado e com sede, perguntou-se como alguém poderia estar com sede na beira do poço?
Meio arisca e desconfiada aproximou-se do poço e do homem que a observava com um olhar sereno, como se penetrasse a sua alma. Ele iniciou a conversa e, sem se importar com o fato de ela ser mulher e samaritana, pediu-lhe água. Ela estranhou o comportamento daquele homem e, não agüentando a curiosidade perguntou-lhe se tinha certeza que deveria estar conversando com ela. Com olhos firmes ele fitou-a e respondeu a pergunta dos seus olhos e não a da sua boca, dizendo que poderia saciar a verdadeira sede que ela sentia, que estava além das possibilidades do famoso poço de Jacó, e que esse era um presente de Deus para ela.
A mulher pediu a água especial que aquele homem ofereceu, afinal, ela não queria mais sentir sede, não queira mais voltar àquele poço. Mas, para resolver a sede era preciso que ela, não ele, soubesse o quanto sua necessidade era profunda, portanto o quanto aquela água lhe seria importante.
Ele calmamente mexeu com a vida afetiva daquela mulher, afinal, ela era um ser humano e precisava ser alcançada por completo. Disse ele: Vá busque seu marido! – Prontamente ela respondeu que não tinha marido e, sem perceber, começou a abrir seu coração para aquele que já não era um judeu estranho – era um profeta! Somente poderia ser um profeta! Conhecia a sua vida.
Ele continuou ouvindo-a e ela continuou falando, já sem muitas reservas. Que maravilha, alguém ouvindo-a. Será que ele estava interessado em suas crenças religiosas também, resolveu testar o quanto aquele homem judeu e agora profeta estava realmente interessado em seus dilemas, então perguntou: Onde devemos adorar? - Ah, sim, isso mexeria com qualquer judeu e responderiam até com indignação que somente suas concepções religiosas estariam certas. Mas aquele homem continuou sereno e disse a ela que estavam entrando num novo tempo, numa nova adoração, a adoração dos filhos de Deus. Ela lembrou algo, ou melhor, alguém, o Messias, aquele homem-judeu-profeta, lhe fez lembrar o Messias. E então a água da vida se fez derramar sobre aquela mulher.
E o evangelho de Jesus Cristo foi sendo construído nela, na beira do poço, olhos nos olhos, em meio ao diálogo, onde ela pôde ser ela mesma, expor sua vida, suas concepções, suas dúvidas e, de forma serena, ouvir as verdades de Deus a partir de sua própria realidade de vida.
É assim que devemos evangelizar, como Jesus fez com a mulher samaritana, ao meio dia, na beira do poço, quando mesmo cansados e com sede anunciamos com serenidade nos olhos, e com respeito ao outro, as verdades de Deus.

In Blog da Missionária Sara Pavesi - Joinvile/SC
http://missionariasarapavesi.blogspot.com.br/2012/10/direto-do-coracao-religiao-ou.html




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